Segundo o Quadro Geográfico de Referência para Produção, Análise e Disseminação de Estatísticas do IBGE, um Município é uma instituição federativa autônoma de caráter local Regidos por uma lei orgânica própria e dotados de autonomia para legislar sobre assuntos de interesse próprio Logicamente, o território sobre o qual está assentado é um destes assuntos.
O TBT de hoje da Câmara Municipal de Conquista apresenta um comentário sobre a representação do Album Chorografico de 1927, do Serviço de Estatística da Secretaria de Estado da Agricultura, disponibilizado pela Fundação 18 de Março (FUNDAMAR).
No mapa, intitulado "Município de Conquista", nós temos apenas 2 distritos - Conquista e Jubaí -, as antigas quatro estações ferroviárias em funcionamento, linha de telégrafo conectando as fazendas às estações e algumas estradas de automóveis e caminhos representadas com o traço mais grosso e mais reduzido respectivamente. Outras características são a presença de ondulações representando as serras da Ponte Alta, da Ilha Grande e um tal "Espigão da Garça", o ribeirão Dourados e o córrego Conquista aparecem como rio e ribeirão respectivamente.
Encontra-se uma deformação considerável a Leste (lado direito do leitor), principalmente próxima a Guaxima, que junto com Conquista e proximidades era a parte mais densamente povoada. A área retratada era de 537,07 km, diferente das medições atuais que dão o valor mais preciso de 618,363 km.A população da época era de 17206 habitantes (11203 na sede incluindo Guaxima, e 8003 em Jubaí). Delta, nem distrito de Uberaba era.
Além dos elementos gráficos obrigatórios para um mapa - Título, Legenda, Rosa dos Ventos (orientação), escala e projeção, o leitor se deparará com um pequeno mapa urbano da sede com o título "Villa de Conquista", discriminando a linha férrea, a estação, o cemitério público e as quadras. No canto inferior direito, acima da tabela de área e população, têm desenhos da sede da época da Câmara Municipal - que também concentrava o poder executivo - , onde atualmente é o prédio da Prefeitura, e um projeto para a futura igreja matriz da cidade (que é bem diferente da que temos atualmente).
Buscar e compreender as documentações é um passo fundamental para a preservação e valorização da memória conquistense, além de dar ao morador, ao visitante, ou àquele que nunca conheceu Conquista pessoalmente a ter uma compreensão melhor do espaço a seu redor e como isto influenciou a configuração de Conquista como a conhecemos.
Texto por Rogério da Silva Mattos, Assistente de Comunicação
Arte e Publicação por Amanda Bianchini, Diretora de Comunicação.
Fonte original do mapa: https://albumchorographico1927.com.br/indice-1927/conquista
Referências:
https://www.ibge.gov.br/apps/quadrogeografico/pdf/10_Municipio.pdf
https://www.albumchorographico1927.com.br/
https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg/conquista.html
